agosto 27, 2007

45ª pág.

Hoje uma pedra sentou-se ao meu lado
e pensou baixinho: 'sabes Nuno, sou velha
e todos me ignoram, todos pensam que sou
só uma mais em seus caminhos...'.

'sabes Nuno, tomara eu ter coração e
sangue percorrendo meu corpo... sou fria
como as outras pedras e descrente como o
chão...'.

'sabes Nuno, não consigo amar ninguém, todos
me pisam e me jogam com um pontapé
para longe...'.

'ó pedra, és o coração de tanta gente...
levanta-te coisa! aquece! nós sem ti nada
somos...'.

4 Comments:

Blogger Joana said...

Secalhar, essa pedra é muito mais humana que muita gente!

Bxinhux musicais de alguém que sente saudades tuas, apesar do pouco que estivemos juntos... :)

Obrigada por tudo!

28/8/07 03:08  
Anonymous Anónimo said...

Porque no fundo somos todos frágeis como pedras...e no fundo temos o mar...

(bem bem no fundo)


Um imenso beijo*

28/8/07 21:04  
Anonymous Anónimo said...

E eu sorrio ao ler-te...
Obrigado pla beleza da tua poesia
*Sissi

17/9/07 13:53  
Blogger Gonçalo Inglês said...

Amigo "The Rock",

Bem sabemos que as palavras não são mais do que a extensão da nossa alma, daquilo que sentimos. E por vezes, somos obrigados a sentir em nós aquilo que os outros sentem de ti.

Nem sempre temos de ser uma rocha, nem nunca o conseguiriamos ser. A grandeza do mundo é mesmo a subjectividade, um dia rocha, ou dia água.

Diz o poeta "Eu amo quem eu sei que não me vai amar, pois só assim me dá vontade de cantar"...

É o fado que cantamos para nós, para nos dar força, seguindo que crêmos naquilo em que nunca acreditámos.

Segue como tens seguido, e certamente um dia te ouvirei cantar noutros tons.

Um grande abraço,
Gonçalo Inglês.

17/11/07 17:34  

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