julho 16, 2006

19ª pág.

dela era sempre muito ‘fácil’, bastava pegar
na sua mala prateada… Eu julgava que a
minha cidade era toda pintada da cor
da mala de minha avó, mas ao longo
do tempo que fui conhecendo as ruas paralelas
à casa do sr. Fox e as perpendiculares à
de minha mãe, percebi que me tinha equivocado.
Pouco ou nada conhecia do sr. Fox, sabia, por
minha mãe, que tinha sido ‘um belo homem
aquando novo e com um espírito aventureiro
doentio’, já havia percorrido o mundo inteiro
e sabia falar sete línguas, tantas quantas as
vidas que tinha, dado aos riscos que enfrentava.
Desde que o conheci, todas as quartas-feiras,
fintava o empregado de minha avó que me
ia buscar ao colégio, e rumava ao
refúgio do velho carpinteiro… Passávamos a
tarde a ouvir vinis enquanto ele me contava
estórias de sua juventude. Ele era mesmo
louco. O que fazia com que eu o ouvisse

1 Comments:

Blogger Narcisa said...

interesantes estas páginas...:) *

12/9/06 20:11  

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